Fim de Temporada
¿ Era nuestra mirada demasiado estrecha,
demasiado tendenciosa,
demasiado apresurada?
¿ Fueron nuestras conclusiones muy rígidas?
Puede ser.
Do filme "Diários de Motocicleta"
Acabou, ou quase. Hoje é meu último dia completo na Argentina, amanhä embarco para o Brasil. Contra a vontade, gostaria de permanecer aqui pelo menos até o fim do ano. Mas minha bolsa e minha licensa do trabalho terminam e é necessário voltar. A caixa de mensagens já está repleta de mensagens de alunos e colegas de emprego me solicitando tarefas. A única que recusei foi um pedido para preparar e apresentar um informe sobre comércio internacional em Genebra no início de março, atualmente o único aspecto do tema que me interessa é a compra dos meus souvenirs - duas malas repletas de livros, cds e dvds.
Estes meses que passei na Argentina mudaram bastante minha maneira de ver este país. Para resumir a ópera, relativizei os aspectos mais "europeus" da história argentina e ficaram mais claros os laços que unem este país à América Latina. Reuni excelentes informaçöes para minha tese e revi várias das hipóteses iniciais. Também levo material para trabalhar em ensaios sobre memória e trauma com relaçäo à guerra das Malvinas e à ditadura militar de 1976-1983. Quero entender melhor esse período.
Embora eu viaje muito, esta foi a primeira vez que passei mais de um mës longe do Brasil e adorei a experiëncia, bem mais do que havia imaginado. Em parte é por eu estar bastante insatisfeito com várias coisas no país, em boa medida também é pela excitaçäo das aventuras e das descobertas, bem como a fantástica qualidade de vida que desfrutei em Buenos Aires. Curiosamente, a maioria dos brasileiros que conheci por aqui morrem de saudades do Brasil e acham que tudo é melhor por lá. Questäo de gosto. Como me disse uma amiga argentina, "Vos sos un tipo raro, un brasileño sin saudade."
Levo a certeza de que quero repetir esta experiëncia e viver outras temporadas no exterior. Como professsor-visitante, como pesquisador ou jornalista, sei lá. É bom para abrir os horizontes e arejar a cabeça.
demasiado tendenciosa,
demasiado apresurada?
¿ Fueron nuestras conclusiones muy rígidas?
Puede ser.
Do filme "Diários de Motocicleta"
Acabou, ou quase. Hoje é meu último dia completo na Argentina, amanhä embarco para o Brasil. Contra a vontade, gostaria de permanecer aqui pelo menos até o fim do ano. Mas minha bolsa e minha licensa do trabalho terminam e é necessário voltar. A caixa de mensagens já está repleta de mensagens de alunos e colegas de emprego me solicitando tarefas. A única que recusei foi um pedido para preparar e apresentar um informe sobre comércio internacional em Genebra no início de março, atualmente o único aspecto do tema que me interessa é a compra dos meus souvenirs - duas malas repletas de livros, cds e dvds.
Estes meses que passei na Argentina mudaram bastante minha maneira de ver este país. Para resumir a ópera, relativizei os aspectos mais "europeus" da história argentina e ficaram mais claros os laços que unem este país à América Latina. Reuni excelentes informaçöes para minha tese e revi várias das hipóteses iniciais. Também levo material para trabalhar em ensaios sobre memória e trauma com relaçäo à guerra das Malvinas e à ditadura militar de 1976-1983. Quero entender melhor esse período.
Embora eu viaje muito, esta foi a primeira vez que passei mais de um mës longe do Brasil e adorei a experiëncia, bem mais do que havia imaginado. Em parte é por eu estar bastante insatisfeito com várias coisas no país, em boa medida também é pela excitaçäo das aventuras e das descobertas, bem como a fantástica qualidade de vida que desfrutei em Buenos Aires. Curiosamente, a maioria dos brasileiros que conheci por aqui morrem de saudades do Brasil e acham que tudo é melhor por lá. Questäo de gosto. Como me disse uma amiga argentina, "Vos sos un tipo raro, un brasileño sin saudade."
Levo a certeza de que quero repetir esta experiëncia e viver outras temporadas no exterior. Como professsor-visitante, como pesquisador ou jornalista, sei lá. É bom para abrir os horizontes e arejar a cabeça.
5 Comentarios:
É muito bom arejar a cabeça, querido conspirador. Volte bem, e volte de novo depois pra Argentina (quem sabe?) ou outro lugar.
Boa viagem de volta.
Luiz
Aqui em Londres o que mais tem é brasileiro que reclama de tudo, e pra quem o Brasil é o máximo. Minha resposta-padrão é a mesma: se lá é tão bom, o que diabos o fulano tá fazendo aqui? Volta pra casa, ué. :)
Acho que passei da fase do deslumbramento, seja com Londres, a Europa ou o Brasil. Todo lugar tem suas qualidades e defeitos; o desafio é achar que aquele cujo balanço pesa mais pro lado positivo pra você.
Boa viagem, mestre! Querendo passar uma temporada por aqui, já sabe. ;)
Maurício:
Para mim também é uma pena que vocë deixe à Argentina! Realmente estou agradeçido de todo o que me diu, especialmente a sua amizade.
Respeito ao de "brasileño sin saudade", realmente me chamou a atençäo que vocë me dixeira "quando conheça Brasil, você va ver o boa que é Argentina". Eu penso que, quando visite seu formoso pais, vou amar a cultura dum pais täo interessante e vou voltar con novas idéias!
Boa viagem, meu amigo!
Meus caros, estou em pleno choque de reentrada... Em breve escrevo sobre o choque cultural da volta.
Abraços
Saudações, grande mestre!
Transcrevo aqui uma crítica feita pelo senhor a um comentário postado em um artigo seu, de 08 de março de 2007:
"Entendo a sua revolta, mas enquanto a compra e a venda das gravações são ilegais, a afirmação pública de querer comprá-las não é, ainda que seja bandeirosa.
(tem um erro ortográfico sinistro no texto)"
Não vi no singelo comentário NENHUM erro ortográfico. Se o senhor pretendeu não dar nenhuma ajudazinha a quem supostamente julgou ter cometido erro "sinistro", pecou pela prepotência. O texto tem sim, um erro de portugués. Isso é inegável. Só que eu também não vou especificar. Afinal, disso o mestre não precisa.
Agora, ironicamente, no 1º paragrafozinho deste seu "Fim de Temporada", há um erro absurdamente sinistro, primário.
Mas ainda sim, não darei nomes aos bois... Porque também, desta vez, o senhor não precisa, rs...
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