Pistolas, Bandeiras e Caixões
Estava na biblioteca do Iuperj, lendo no Valor sobre o fracasso da Rodada Doha da OMC, quando uma amiga entrou com a The Economist cuja capa tratava da guerra no Oriente Médio: “A política internacional está falida, Maurício”, “Virou uma espécie de pistolagem, um instrumento do terror”.
Pistolas, bandeiras e caixões.
Agora as autoridades britânicas anunciam ter desbaratado plano terrorista de assassinato em massa para atacar dez aviões entre o Reino Unido e os EUA, levando o governo Bush a decretar alerta vermelho.
Em quase um mês de conflito no Oriente Médio mais de 1.100 pessoas morreram, a maioria civis libaneses. Milhões tiveram que fugir ou estão refugiados e a estrutura econômica do Líbano está destruída, talvez por anos. É mais do que o Hezbolá matou e destruiu em duas décadas de atividade, na estimativa do Council on Foreign Relations!
O Hezbolá é um dos mais sanguinários grupos terroristas do mundo, mas não é páreo em termo de poder de fogo para um Estado bem organizado como Israel. Dito de outro modo: é evidente que o terrorismo é uma ameaça, mas o risco é exagerado e manipulado pelos governos para tentar legitimar suas políticas no Iraque, no Líbano ou em qualquer canto escuro do planeta.
Israel convocou mais reservistas e mobiliza um número de tropas estimado entre 30 mil e 50 mil para a ofensiva. A tv israelense divulgou que membros da Guarda Revolucionária do Irã foram presos no Líbano, mas ainda não houve confirmação oficial.
O Conselho de Segurança da ONU não consegue chegar a um acordo quanto ao cessar-fogo e à força internacional de paz.
Para minha amiga, o símbolo do quadro político atual é o PCC. Tendo a concordar.
2 Comentarios:
How nice to be reading you again, ex futuro professor M.!
Aqui vai uma recomendação: confira o blog seguinte:
www.edudobrooklyn.blogspot.com/
: jóvem jornalista brasileiro, muito talentoso, experiente (ex-JB, da época em que havia JB!), hoje morador de NY e que escreve pertinentemente a respeito da política interna e externa dos E.U.
Aposto que vai gostar.
Axé! a.
Salve, Igor.
O mundo precisa de bons diplomatas. Sucesso na missão!
Alexandra,
muito obrigado pela indicação, o blog é ótimo e vai para a coluna ao lado. Não conheço o Eduardo, mas devemos ter amigos comuns, pois tinha vários na redação do JB.
Abraços
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