Fórum Social Brasileiro
Chegamos ao Recife na tarde de quarta-feira, um dia antes do início do Fórum Social Brasileiro (FSB). Com tempo livre, aproveitamos para ir à praia e ao Recife Antigo, bater papo, comer frutos do mar. Muitas conversas sobre a história do Fórum Social Mundial, como o processo foi muito além do que qualquer um imaginava.
Ontem passei a tarde na plenária do Fórum Nacional de Participação Popular, do qual fui um dos coordenadores até poucos meses atrás. A pauta era o planejamento das atividades para 2006, as dificuldades trazidas pela crise política, propostas de reformas. Comentamos o quanto a população está distante das análises dos movimentos sociais e das ONGs. Uma das participantes contou a história do motorista de táxi que não parava de criticar a "baderna" no Recife (os grandes protestos de novembro de 2005) e acusava o MST de ser proprietário de várias empresas. O motorista do meu táxi nem sabia que o FSB se reuniria no Recife.
Pouco depois fomos para a Marcha de Abertura do FSB, que me surpreendeu pelo grande tamanho. Infelizmente, terminou mal. A polícia aproveitou para atacar manifestantes do MST e feriu dois deles à bala. Pernambuco é o estado brasileiro campeão em violência no campo e ontem tivemos uma amostra disso. Houve tumultos e correria.
Também não gostei dos discursos que ouvi. Um deles dizia que os movimentos sociais estão com Lula e irão defender sua reeleição. Por quem esse cara fala? Não por mim. Mas não resta dúvida de que o presidente tem muito apoio. Um grupo de ativistas da reforma urbana gritava "povo na rua, Lula continua". Nós, militantes de classe média, é que estamos contra o presidente.
Escrevo do campus da Universidade Federal de Pernambuco, onde ocorrem os debates do FSB. Pretendia assistir a uma oficina sobre direitos humanos na OEA, mas ela foi cancelada. Devo dar um pulo no evento sobre a campanha global contra a pobreza. À tarde, é a oficina que organizo, sobre o papel do Brasil na integração da América Latina.
Ontem passei a tarde na plenária do Fórum Nacional de Participação Popular, do qual fui um dos coordenadores até poucos meses atrás. A pauta era o planejamento das atividades para 2006, as dificuldades trazidas pela crise política, propostas de reformas. Comentamos o quanto a população está distante das análises dos movimentos sociais e das ONGs. Uma das participantes contou a história do motorista de táxi que não parava de criticar a "baderna" no Recife (os grandes protestos de novembro de 2005) e acusava o MST de ser proprietário de várias empresas. O motorista do meu táxi nem sabia que o FSB se reuniria no Recife.
Pouco depois fomos para a Marcha de Abertura do FSB, que me surpreendeu pelo grande tamanho. Infelizmente, terminou mal. A polícia aproveitou para atacar manifestantes do MST e feriu dois deles à bala. Pernambuco é o estado brasileiro campeão em violência no campo e ontem tivemos uma amostra disso. Houve tumultos e correria.
Também não gostei dos discursos que ouvi. Um deles dizia que os movimentos sociais estão com Lula e irão defender sua reeleição. Por quem esse cara fala? Não por mim. Mas não resta dúvida de que o presidente tem muito apoio. Um grupo de ativistas da reforma urbana gritava "povo na rua, Lula continua". Nós, militantes de classe média, é que estamos contra o presidente.
Escrevo do campus da Universidade Federal de Pernambuco, onde ocorrem os debates do FSB. Pretendia assistir a uma oficina sobre direitos humanos na OEA, mas ela foi cancelada. Devo dar um pulo no evento sobre a campanha global contra a pobreza. À tarde, é a oficina que organizo, sobre o papel do Brasil na integração da América Latina.
4 Comentarios:
Dá pra gravar a oficina pra quem não pode ir? ;)
Até acho que os movimentos sociais deveriam se mobilizar, no caso da oposição tentar mesmo o impeachment (o que acho difícil, aliás).
Afinal, seria a resistência a um movimento golpista. Mas daí a defender a reeleição do presidente vai uma grande distância.
Hoje de tarde significa... que terminou agora há pouco sua oficina. Justo na Universidade em que eu estudo! Pena, eu podia ter ido, mas não consegui nem ler a programação do Fórum.
Ah, e sobre a crise política e Lula eu penso quase como você, Maurício.
Nica,
não gravamos a oficina, mas vou escrever um artigo sobre ela na próxima semana. Em breve divulgo o link.
Marcus,
na minha opinião os movimentos sociais deveriam ser uma força de pressão sobre governos - qualquer governo.
Julgo que há elementos suficientes para condenar o presidente Lula por crime de responsabilidade no caso do mensalão, mas não acredito que haja clima político para levar adiante o processo do impeachment. Teríamos um Congresso desmoralizado contra a massa da população que apóia Lula. Ia parecer a Venezuela.
Edson,
corre para cá, rapaz! Há atividades rolando na UFPE até amanhã!
Abraços
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