Uma Tarde em Buenos Aires
Era sábado e chovia, meu vôo partia na manhã seguinte. Tinha visto as principais atrações da cidade e perambulava em busca de distrações. Atravessei a praça do Congresso e passei em frente ao Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales, que exibia o documentário "Memoria del Saqueo", de Fernando Solanas. Resolvi entrar e ali começou a nascer minha tese de doutorado.
O filme de Solanas sobre a grande crise que estourou na virada de 2002 se juntou às impressões daquela viagem, nas quais ainda eram visíveis as marcas dos conflitos de rua em Buenos Aires, dois anos depois da queda do presidente De La Rúa. O público, composto de respeitáveis senhores de classe média, vaiava e xingava os políticos - De La Rúa foi saudado com um sonoro "Hijo de Puta!" - e chorava nas cenas que mostravam a miséria e a degradação da Argentina. Saí do cinema muito impactado, pensando "Quero entender esse país!".
Estas minhas breves férias, entre outras coisas, servem para pesquisa. Estive na PUC consultando teses sobre a política externa da Argentina de Menem, e no IUPERJ lendo sobre o sistema partidário do país. Começo a escrever um artigo acadêmico de umas 20 páginas sobre a relação entre as instituições políticas argentinas e a crise de 2001/2002.
É bom ter algum tempo para mim, depois de inúmeras reuniões e projetos de trabalho que não levaram a nada. Sem dúvida preciso de mais autonomia para conduzir minhas atividades profissionais.
A propósito, o governo De La Rúa também pagou mensalão. O itinerário das esperanças frustradas na América Latina é incrivelmente semelhante. Se conhecêssemos mais sobre nossos vizinhos de continentes, aprenderíamos melhor a analisar os detalhes pitorescos desta República de Bananas.
O filme de Solanas sobre a grande crise que estourou na virada de 2002 se juntou às impressões daquela viagem, nas quais ainda eram visíveis as marcas dos conflitos de rua em Buenos Aires, dois anos depois da queda do presidente De La Rúa. O público, composto de respeitáveis senhores de classe média, vaiava e xingava os políticos - De La Rúa foi saudado com um sonoro "Hijo de Puta!" - e chorava nas cenas que mostravam a miséria e a degradação da Argentina. Saí do cinema muito impactado, pensando "Quero entender esse país!".
Estas minhas breves férias, entre outras coisas, servem para pesquisa. Estive na PUC consultando teses sobre a política externa da Argentina de Menem, e no IUPERJ lendo sobre o sistema partidário do país. Começo a escrever um artigo acadêmico de umas 20 páginas sobre a relação entre as instituições políticas argentinas e a crise de 2001/2002.
É bom ter algum tempo para mim, depois de inúmeras reuniões e projetos de trabalho que não levaram a nada. Sem dúvida preciso de mais autonomia para conduzir minhas atividades profissionais.
A propósito, o governo De La Rúa também pagou mensalão. O itinerário das esperanças frustradas na América Latina é incrivelmente semelhante. Se conhecêssemos mais sobre nossos vizinhos de continentes, aprenderíamos melhor a analisar os detalhes pitorescos desta República de Bananas.
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