Confissões de um Golpista
"Você viu que o Ibase assinou um manifesto que chama a imprensa de golpista? O que eu faço se, durante a apresentação de um seminário ou pesquisa, um jornalista me questionar se eu confirmo essa declaração?", perguntei nesta sexta para um colega de instituto. Ele pensou um pouco antes de me responder: "Não se preocupe, jornalismo crítico é coisa do passado. Os repórteres não lêem nada hoje em dia, logo vão esquecer dessa carta."
Nesta sexta o Globo publicou um artigo meu "De volta às ruas, contra o mensalão", descendo o sarrafo no governo. Houve divisões na direção do Ibase quanto ao texto e conversei sobre o tema por mais de uma hora com os diretores. A diretoria vai se reunir novamente na segunda, para discutir o caso. Na realidade, já havia escrito anteriormente tudo o que está no artigo, mas o peso de algo que sai num jornal de grande circulação é sempre maior e isso às vezes assusta as pessoas. Vários colegas me disseram que o texto era "corajoso" e meus desafetos devem ter confirmado novamente que sou insensato.
Felizmente, consegui resolver os problemas de agenda. Devo viajar para o Reino Unido no dia 2, e assinar a escritura na véspera. Níveis emocionais de volta ao habitual dos Santoro. O que, pensando bem, ainda é longe dos padrões recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
Comecei a estudar os temas que serão tratados na reunião do G-8 e estou bastante entusiasmado. A discussão sobre a dívida dos países africanos será um dos pontos principais, há também a divergência entre os membros da UE sobre o orçamento comunitário. Imagino que o mais interessante será acompanhar de perto a atuação dos movimentos sociais europeus. E claro, o show do Live 8.
O presidente Lula também deve estar presente, apresentando seu plano internacional de combate à fome e à pobreza. Na semana passada, assisti a um seminário sobre o tema, minha estagiária e eu escrevemos um artigo a respeito. Deve entrar no site do Ibase na sexta à noite. O plano não é ruim, mas é incoerente pregá-lo no exterior e manter uma política econômica doméstica de péssimos resultados. Acredito que haverá um certo interesse da imprensa internacional em ouvir essa crítica, estou preparando material para apresentar na Escócia.
Nesta sexta o Globo publicou um artigo meu "De volta às ruas, contra o mensalão", descendo o sarrafo no governo. Houve divisões na direção do Ibase quanto ao texto e conversei sobre o tema por mais de uma hora com os diretores. A diretoria vai se reunir novamente na segunda, para discutir o caso. Na realidade, já havia escrito anteriormente tudo o que está no artigo, mas o peso de algo que sai num jornal de grande circulação é sempre maior e isso às vezes assusta as pessoas. Vários colegas me disseram que o texto era "corajoso" e meus desafetos devem ter confirmado novamente que sou insensato.
Felizmente, consegui resolver os problemas de agenda. Devo viajar para o Reino Unido no dia 2, e assinar a escritura na véspera. Níveis emocionais de volta ao habitual dos Santoro. O que, pensando bem, ainda é longe dos padrões recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
Comecei a estudar os temas que serão tratados na reunião do G-8 e estou bastante entusiasmado. A discussão sobre a dívida dos países africanos será um dos pontos principais, há também a divergência entre os membros da UE sobre o orçamento comunitário. Imagino que o mais interessante será acompanhar de perto a atuação dos movimentos sociais europeus. E claro, o show do Live 8.
O presidente Lula também deve estar presente, apresentando seu plano internacional de combate à fome e à pobreza. Na semana passada, assisti a um seminário sobre o tema, minha estagiária e eu escrevemos um artigo a respeito. Deve entrar no site do Ibase na sexta à noite. O plano não é ruim, mas é incoerente pregá-lo no exterior e manter uma política econômica doméstica de péssimos resultados. Acredito que haverá um certo interesse da imprensa internacional em ouvir essa crítica, estou preparando material para apresentar na Escócia.
2 Comentarios:
Descobri hoje o seu blog e gostei muito do teor das suas idéias. Apesar de não escrever sobre política - pelo menos não nominalmente - já que o meu interesse é arte, me preocupo muito com o rumo da classe burocrática brasileira. Digo classe burocrática no lugar de classe política pensando nas palavras de Guy Debord sobre este assunto.
Vou passar a acompanhar o seu blog.
Ah! Gostaria de pedir, se for possível, que você mandasse o seu artigo para o Globo já que não consigo acessá-lo pela Web (acho que ele não gosta do meu navegador).
Não dei meu email, né?
roney.belhassof@gmail.com
Postar um comentário
<< Home