Por la razón o la fuerza
Encerremos esta seqüência de posts sobre o Chile com comentários sobre forças armadas e democracia. Há algumas semanas o comandante do Exército chileno admitiu publicamente, pela primeira vez, que os militares haviam torturado oponentes políticos durante a ditadura de Pinochet.
As coisas não andam fáceis para o velho general, uma vez que descobriram suas contas secretas no exterior. A direita está escandalizada. Torturar e assassinar, tudo bem. Roubar, não. Ainda assim, o rapaz que nos recebeu contou que numa prova de sua faculdade (Economia na PUC de Santiago) uma questão pedia para defender o ex-ditador das acusações de corrupção e sonegação de impostos.
Mas a Suprema Corte decidiu que, enquanto os cadáveres dos desaparecidos políticos não surgirem, os crimes serão considerados como "seqüestro permanente" (isto é, em andamento), não sujeitos à lei de anistia. Ou seja: os militares que prenderam ilegalmente essas pessoas poderão ser julgados, condenados e presos. Dá para imaginar a revolução que isso será no país, até porque muitos corpos foram simplesmente atirados ao mar, de helicóptero ou avião.
Disse aos chilenos que seu país pode estabelecer um novo padrão no que diz respeito à relação entre forças armadas e democracia na América Latina, incentivando governos como o da Argentina a fazer o mesmo.
Assisti um ótimo debate na TV chilena entre o general James Hill, comandante militar dos EUA para a América Latina, e uma série de jornalistas de vários países do continente. O tema era a nova política americana para as Forças Armadas ao sul do rio Grande. Basicamente, a concentração em ações policiais, como combate ao tráfico.
Os jornalistas afirmavam que os militares dos EUA querem fortalecer a cooperação com seus pares latinos, para ter um canal de influência política alternativa aos governos de esquerda que proliferam no continente - que já foram rotulados de "populismo radical" pelos burocratas da segurança nacional. Não soa tão assustador como "comunista", mas ainda assim mete medo.
O curioso, como admitiu o general, é que o Pentágono tem 1.100 especialistas em América Latina - mais do que o Departamento de Estado. Por la razón o la fuerza, como reza o lema do Exército chileno (ganha um treinamento para marchar em passo de ganso quem adivinhar o que predomina).
As coisas não andam fáceis para o velho general, uma vez que descobriram suas contas secretas no exterior. A direita está escandalizada. Torturar e assassinar, tudo bem. Roubar, não. Ainda assim, o rapaz que nos recebeu contou que numa prova de sua faculdade (Economia na PUC de Santiago) uma questão pedia para defender o ex-ditador das acusações de corrupção e sonegação de impostos.
Mas a Suprema Corte decidiu que, enquanto os cadáveres dos desaparecidos políticos não surgirem, os crimes serão considerados como "seqüestro permanente" (isto é, em andamento), não sujeitos à lei de anistia. Ou seja: os militares que prenderam ilegalmente essas pessoas poderão ser julgados, condenados e presos. Dá para imaginar a revolução que isso será no país, até porque muitos corpos foram simplesmente atirados ao mar, de helicóptero ou avião.
Disse aos chilenos que seu país pode estabelecer um novo padrão no que diz respeito à relação entre forças armadas e democracia na América Latina, incentivando governos como o da Argentina a fazer o mesmo.
Assisti um ótimo debate na TV chilena entre o general James Hill, comandante militar dos EUA para a América Latina, e uma série de jornalistas de vários países do continente. O tema era a nova política americana para as Forças Armadas ao sul do rio Grande. Basicamente, a concentração em ações policiais, como combate ao tráfico.
Os jornalistas afirmavam que os militares dos EUA querem fortalecer a cooperação com seus pares latinos, para ter um canal de influência política alternativa aos governos de esquerda que proliferam no continente - que já foram rotulados de "populismo radical" pelos burocratas da segurança nacional. Não soa tão assustador como "comunista", mas ainda assim mete medo.
O curioso, como admitiu o general, é que o Pentágono tem 1.100 especialistas em América Latina - mais do que o Departamento de Estado. Por la razón o la fuerza, como reza o lema do Exército chileno (ganha um treinamento para marchar em passo de ganso quem adivinhar o que predomina).
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