Viagem pelo Cinema Americano
Na Folha de S. Paulo deste domingo há uma resenha de "Uma Viagem Pessoal pelo Cinema Americano", livro em que Martin Scorsese faz um balanço de 100 anos de filmes nos EUA - é a versão impressa de uma série de TV que ele apresentou e foi inclusive exibida no Brasil.
Os trechos comentados pelo jornal dão água na boca e a série era bem interessante.
Sérgio Rizzo, o resenhista, comenta que Scorsese aborda poucos filmes recentes - nenhum nos anos 80 e apenas "Os Imperdoáveis" nos anos 90. Rizzo se pergunta: "Todos os bons filmes americanos já foram feitos?". Isso me fez pensar nos comentários ao post sobre a suposta morte do cinema de autor nos EUA.
Acho que ele sofreu um baque violento, mas ainda existem nos Estados Unidos criadores capazes de dar um inconfundível toque pessoal a seus filmes - Woody Allen e o próprio Scorsese, por exemplo. De uma leva mais recente, penso em Spike Lee e no ótimo desempenho de Clint Eastwood como diretor - "Sobre Meninos e Lobos" é um dos melhores a que assisti no ano passado.
Ainda assim, o cinema que hoje realmente me fascina é feito em outros países. A Argentina fervilha com um ciclo extraordinário de bons diretores. Cineastas da Europa e da China, como Pedro Almodóvar ou Zhang Yimou estão no topo do talento. Com todo seu estrelismo, Lars von Triers também tem produzido dramas interessantíssimos, como "Dogville". Enfim, ao menos no cinema, o declínio do império americano está para lá de avançado. Pena que não em Falluja.
Os trechos comentados pelo jornal dão água na boca e a série era bem interessante.
Sérgio Rizzo, o resenhista, comenta que Scorsese aborda poucos filmes recentes - nenhum nos anos 80 e apenas "Os Imperdoáveis" nos anos 90. Rizzo se pergunta: "Todos os bons filmes americanos já foram feitos?". Isso me fez pensar nos comentários ao post sobre a suposta morte do cinema de autor nos EUA.
Acho que ele sofreu um baque violento, mas ainda existem nos Estados Unidos criadores capazes de dar um inconfundível toque pessoal a seus filmes - Woody Allen e o próprio Scorsese, por exemplo. De uma leva mais recente, penso em Spike Lee e no ótimo desempenho de Clint Eastwood como diretor - "Sobre Meninos e Lobos" é um dos melhores a que assisti no ano passado.
Ainda assim, o cinema que hoje realmente me fascina é feito em outros países. A Argentina fervilha com um ciclo extraordinário de bons diretores. Cineastas da Europa e da China, como Pedro Almodóvar ou Zhang Yimou estão no topo do talento. Com todo seu estrelismo, Lars von Triers também tem produzido dramas interessantíssimos, como "Dogville". Enfim, ao menos no cinema, o declínio do império americano está para lá de avançado. Pena que não em Falluja.
2 Comentarios:
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Cinema, aaah, o cinema. Poucas coisas podem ser mais apaixonantes.
Concordo com a opinião do André, embora ache que, de certa forma, a qualidade americana caiu um pouco, principalmente no que diz respeito à originalidade dos filmes.
Filmes - para mim - são americanos, assim como samba é brasileiro. Nenhum país do mundo – apesar dos esforços – conseguiu sequer se igualar a qualidade técnica da produção Hollywoodiana. Para ficar em um exemplo, cito Má Educação, do Almodóvar. A ambientação e os cortes são pavorosos de tão mal-feitos. Eu sei, eu sei, sobram originalidade e estilo, mas ainda assim o diretor fica devendo muito em relação ao preço do ingresso.
Neste aspecto, cito o mestre Alfred Hitchcock, que, dizem, entendia alguma coisa de cinema: “A good film is when the price of the dinner, the theatre admission and the babysitter were worth it”.
** baixei o “Easy riders, Raging Bulls”, indicado pelo Maurício no post anterior. Promete.
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