Mitos Fundadores
Dentro das "tradicoes inventadas" estah a questao dos "mitos fundadores". Qualquer grande transicao politica eh legitimada com um "mito fundador", isto eh, uma historia estilizada que (re)conta o momento primeiro, como tudo veio a ser o que que eh, especificando de onde viemos e para onde vamos. Alguns exemplos? Adao e Eva, Romulo e Remo, os "founding fathers", "Independencia ou morte!", etc...
Os chineses tem os mitos fundadores deles, claro. E um filme chines feito em 2002, mas que soh agora estreia nos EUA, eh a mais nova tentativa de recriar uma historia conhecida por todos os meninos de colegio nas provincias chinesas: a unificacao dos sete reinos no seculo tres AC, feita pelo imperador da provincia de Qin. O filme se chama "Hero" e, na minha modesta opiniao, talvez seja um dos filmes visualmente mais impressionantes da minha jovem vida.
Dirigido por Zhang Yimou (que dirigiu entre outros, os maravilhosos "Lanternas Vermelhas", "Viver" e "Caminho para Casa"), o filme conta a historia do "homem sem nome" (vivido por Jet Li), que por ter matado os tres principais assassinos do reino de Qin, ganha uma audiencia a sos com o imperador. A partir dahi, Jet Li conta como conseguiu mata-los e o filme se transforma em uma disputa de varias versoes sobre a mesma historia (a la "Rashomon" de Kurosawa, em uma obvia influencia estilistica). Cada cena do filme eh uma pintura em movimento e desde "Ran" ou "Barry Lyndon" nao via coisa parecida. O filme tem cores impressionantes (que sao tambem parte da narrativa) e uma trilha sonora maravilhosa (Tan Dun se junta a Itzhak Pearlman e ao grupo japones Kodo).
O filme foi o mais caro jah feito na China e os resultados estah todos lah: exercitos inteiros e multidoes sao mostrados ao vivo, sem efeitos de computacao. As lutas sao estilizadas como eh tradicao no cinema chines (lembrem-se do "O Tigre e o Dragao"), com os atores voando como numa danca. Apesar de ter um ritmo lento, o filme me deixou sem ar, completamente hipnotizado por suas imagens e por sua historia. Este blog tem uma predilecao por filmes argentinos e, certamente da minha parte, tambem chineses.
Os chineses tem os mitos fundadores deles, claro. E um filme chines feito em 2002, mas que soh agora estreia nos EUA, eh a mais nova tentativa de recriar uma historia conhecida por todos os meninos de colegio nas provincias chinesas: a unificacao dos sete reinos no seculo tres AC, feita pelo imperador da provincia de Qin. O filme se chama "Hero" e, na minha modesta opiniao, talvez seja um dos filmes visualmente mais impressionantes da minha jovem vida.
Dirigido por Zhang Yimou (que dirigiu entre outros, os maravilhosos "Lanternas Vermelhas", "Viver" e "Caminho para Casa"), o filme conta a historia do "homem sem nome" (vivido por Jet Li), que por ter matado os tres principais assassinos do reino de Qin, ganha uma audiencia a sos com o imperador. A partir dahi, Jet Li conta como conseguiu mata-los e o filme se transforma em uma disputa de varias versoes sobre a mesma historia (a la "Rashomon" de Kurosawa, em uma obvia influencia estilistica). Cada cena do filme eh uma pintura em movimento e desde "Ran" ou "Barry Lyndon" nao via coisa parecida. O filme tem cores impressionantes (que sao tambem parte da narrativa) e uma trilha sonora maravilhosa (Tan Dun se junta a Itzhak Pearlman e ao grupo japones Kodo).
O filme foi o mais caro jah feito na China e os resultados estah todos lah: exercitos inteiros e multidoes sao mostrados ao vivo, sem efeitos de computacao. As lutas sao estilizadas como eh tradicao no cinema chines (lembrem-se do "O Tigre e o Dragao"), com os atores voando como numa danca. Apesar de ter um ritmo lento, o filme me deixou sem ar, completamente hipnotizado por suas imagens e por sua historia. Este blog tem uma predilecao por filmes argentinos e, certamente da minha parte, tambem chineses.
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