Y Todos Se Quedaran
Há exatamente 5 anos uma enorme manifestaçäo no centro de Buenos Aires foi reprimida a bala pela polícia, culminando num saldo trágico de cinco mortos, dezenas de feridos e na renúncia do presidente De La Rúa, que fugiu de helicóptero da Casa Rosada. A populaçäo indignada pelo corralito e pela crise gritava aos políticos: "Que se vayan todos". Näo foi o que ocorreu. Fazendo o balanço do que se passou, houve uma dança das cadeiras entre a elite política, mas os nomes tradicionais estäo todos por aí e o país continua a ser governado pela máquina partidária do peronismo.
Contudo, algo se transformou. A representaçäo política está muito mais fragmentada e a Argentina já näo é mais o sistema bipartidário entre peronistas e radicais. Surgiram vários pequenos partidos e coligaçöes, com poucos votos mas que säo uma espécie de baläo de ensaio do que pode vir a ser a nova política nacional.
A imagem dos políticos continua muito ruim. No domingo o Clarín publicou uma pesquisa de opiniäo que avaliava vários dirigentes. Numa escala de 0 a 10, nenhum conseguiu mais do que 5 (o presidente Kirchner näo foi avaliado, sua esposa ficou com quatro e uns quebrados).
As únicas figuras públicas que tiveram notas azuis foram líderes sociais de classe média - o piquetero D´Elia teve o índice mais baixo, retrato de uma classe média cansada de protestos e assustada com a mobilizaçäo política (e turbulenta) dos mais pobres.
Amanhä bem cedo pego o vöo de volta ao Brasil. Fico no Rio de Janeiro para as festas de fim de ano e seguirei postando sobre a temporada na Argentina, há um punhado de livros e filmes que quero comentar por aqui.
1 Comentarios:
Fue un día clave para nosotros. Hay dos visiones encontradas sobre qué ocurrió.
Los más "idealistas", en su mayoría de los partidos de extrema izquierda y peronistas, afirman que fue el pueblo que se sublevó contra el gobierno de De La Rúa. Llaman a este hecho "argentinazo" y lo glorifican.
Otros, en su mayoría de origen radical, creen que en realidad fue un Boycott organizado por Duhalde (peronista que, tras la rápida sucesión de 5 presidentes en menos de dos semanas terminó con el más alto cargo ejecutivo) y, si bien en su mayoría no alaban la dura represión policial, no pasan por alto los salvajes saqueos a negocios (¿Qué tenía que ver el almacenero con la política del gobierno?) y ataques a la policía. Lo consideran un golpe de Estado.
Si quieren mi opinión sobre el tema, pueden ir a http://iglesias.blog.terra.com.ar en los artículos "A modo de balance", "A 5 años del 20 de diciembre" y, con respecto al fin del bipartidismo, a "¿Agonizan los partidos orgánicos?" y "¿Agonizan las elecciones internas?"
Muchas gracias por tu visión sobre los problemas de Argentina, que siempre me ayuda a comprender más a mi país.
Saludos
Patricio Iglesias
Postar um comentário
<< Home