Marcas da Violência
Acasa está arrumada, mas meu ritmo de trabalho nas últimas duas semanas está muito puxado. Sobra pouco tempo para lazer, embora eu tenha conseguido ver um ótimo filme de David Cronenberg, "Marcas da Violência".
Tom (Viggo Mortensen) é um pacato pai de família e dono de um pequeno restaurante numa cidadezinha do interior dos EUA. Uma noite, dois assaltantes invadem seu negócio e ameaçam os freqüentadores. Num descuido dos dois, Tom consegue desarmá-los e os mata. Vira o herói da cidade.
Mas a exposição na mídia faz com que apareçam no local um grupo de gangsters da Filadélfia, que afirmam que Tom na verdade se chama Joey e era um dos líderes do crime organizado naquela cidade. Diante do ceticismo da esposa de Tom, o chefe dos mafiosos faz a pergunta-chave do filme: "Você não acha que seu marido é bom demais em matar pessoas?".
A questão principal do filme é que todos somos bons demais em matar pessoas, porque a agressividade é inerente à natureza humana. O título original - A History of Violence - reflete isso. A espécie tem uma história de violência. O melhor do roteiro é o modo como a descoberta dos instintos assassinos de Tom afeta o comportamento de sua mulher e filho.
Nas mãos de um diretor ruim, "Marcas da Violência" poderia virar Rambo IV. Pelo talento de Cronenberg, tornou-se um filmaço.
1 Comentarios:
Car@s,
por coincidência, Rent foi capa do Segundo Caderno do Globo por estes dias. É quase uma atualização da ópera La Boheme (até a protagonista feminina tem o mesmo nome, Mimi) com a AIDS substituindo a tuberculose e o East Village de Nova York no lugar do Quartier Latin de Paris. Fiquei interessado, aguardo o lançamento.
Devo ver no fim de semana o novo documentário de Eduardo Coutinho e também o elogiado "Cinema, Aspirinas e Urubus". Depois comento.
abraços
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