Os Portoes da Discordia
Quem for para Nova York ateh o final do mes e, por acaso, bater de frente com o Central Park, vai ver uma obra de arte nao-convencional. Por todos os lados do parque foram instalados 7000 "portoes" laranja de aco com uma cortininha pendurada em cada um. O nome da "instalacao" gigantesca: "The Gates" ("Os Portoes").
Escrevo sobre "Os Portoes" porque este parece ser o tema central de qualquer disscussao na midia esta semana por aqui. O projeto custou 20 milhoes de dolares e nada saiu do bolso do contribuinte -- o projeto todo foi bancado diretamente pelo casal de artistas que o produziu, Jeanne-Claude e Christo. Marido e mulher, os dois sao umas figuras: ela usa cabelo laranja (da cor dos portais) e ele parece um genio maluco. Ela sempre fala tudo e ele sempre fica quieto. A filosofia de trabalho dos dois eh plenamente capitalista: nao houve nenhum trabalhador voluntario no projeto, apenas pessoas contratadas. Perguntados sobre o significado dos portoes no programa "60 Minutes", Jeanne-Claude respondeu: "Nenhum. Nenhum dos nossos projetos tem significado. Arte nao deve ter significado. Arte eh apenas arte."
Eh claro que um projeto deste tamanho gera todo tipo de opiniao. Alguns amam, outros odeiam. Os que amam dizem que "Os Portoes" vao trazer muito dinheiro em turismo, enquanto os que odeiam acusam o Prefeito Bloomberg de submeter toda a cidade a um elefante branco (ou melhor, laranja) do qual a populacao nao teve chance de escolher. Para a critica especializada, a resposta de Jeanne-Claude de que toda a arte "nao significa nada" causou alguma polemica.
O que eh inegavel, entretanto, eh que a grande maioria dos Novaiorquinos parece fascinada com o projeto: milhares aparecem a todo momento para aprecia-la, nem que seja de longe. Tiram fotos e sentem que desde o 9/11 nao havia nada tao "coletivo" para a experiencia e vivencia urbana. E mesmo que as opinioes dos especialistas estejam em conflito a respeito da obra, serah este o futuro da arte?
Escrevo sobre "Os Portoes" porque este parece ser o tema central de qualquer disscussao na midia esta semana por aqui. O projeto custou 20 milhoes de dolares e nada saiu do bolso do contribuinte -- o projeto todo foi bancado diretamente pelo casal de artistas que o produziu, Jeanne-Claude e Christo. Marido e mulher, os dois sao umas figuras: ela usa cabelo laranja (da cor dos portais) e ele parece um genio maluco. Ela sempre fala tudo e ele sempre fica quieto. A filosofia de trabalho dos dois eh plenamente capitalista: nao houve nenhum trabalhador voluntario no projeto, apenas pessoas contratadas. Perguntados sobre o significado dos portoes no programa "60 Minutes", Jeanne-Claude respondeu: "Nenhum. Nenhum dos nossos projetos tem significado. Arte nao deve ter significado. Arte eh apenas arte."
Eh claro que um projeto deste tamanho gera todo tipo de opiniao. Alguns amam, outros odeiam. Os que amam dizem que "Os Portoes" vao trazer muito dinheiro em turismo, enquanto os que odeiam acusam o Prefeito Bloomberg de submeter toda a cidade a um elefante branco (ou melhor, laranja) do qual a populacao nao teve chance de escolher. Para a critica especializada, a resposta de Jeanne-Claude de que toda a arte "nao significa nada" causou alguma polemica.
O que eh inegavel, entretanto, eh que a grande maioria dos Novaiorquinos parece fascinada com o projeto: milhares aparecem a todo momento para aprecia-la, nem que seja de longe. Tiram fotos e sentem que desde o 9/11 nao havia nada tao "coletivo" para a experiencia e vivencia urbana. E mesmo que as opinioes dos especialistas estejam em conflito a respeito da obra, serah este o futuro da arte?
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