Eu, Você e Todos Nós
Miranda July é uma jovem cineasta e artista americana cujo “Eu, Você e Todos Nós” ganhou o Câmera d´Or (prêmio aos diretores estreantes) em Cannes e também foi laureado na Meca dos independentes, o Festival de Sundance. Não é para menos: trata-se de uma excelente comédia romântica, divertida, poética e sensível.
O que detona a trama é a paquera entre Christine (interpretada pela própria diretora, também autora do roteiro), uma aspirante à artista que trabalha como motorista para idosos, e Richard, um vendedor de sapatos recém-divorciado. Ao redor dos dois gravita uma fauna de personagens deliciosamente excêntricos, que incluem os dois filhos de Richard, seus vizinhos, um colega de loja, a diretora de um museu e um adorável casal de namorados bem velhinhos atendidos por Christine.
Todos eles viverão histórias de amor algo bizarras, mas de beleza intensa, extraindo poesia do cotidiano – por exemplo, a seqüência com o peixe na autoestrada, a caminhada de Christine e de Richard (cuja foto ilustra o post), o enxoval da vizinha, o flerte entre duas adolescentes e um dos vendedores da loja e a exposição de fotos.
“Eu, Você e Todos Nós” entrou em cartaz com alguns elogios da crítica especializada, mas pouco destaque, e está naquele micro-circuito das salas de arte. Injustiça: ao lado de “A Lula e a Baleia”, é o que vi de melhor no gênero de comédia romântica – léguas adiante de Woody Allen e das tramas novelescas dos filmes brasileiros.
1 Comentarios:
Meu caro Igor,
Fique tranqüilo que um breve sacrifício é necessário para se chegar ao Itamaraty. Depois, espero que você tenha mais tempo livre para ler e se divertir.
No post acima já há outra dica de leitura.
Abraços
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