Projeto MAPAS
Ontem realizamos um seminário de divulgação do relatório final do projeto MAPAS - Monitoramento Ativo da Participação da Sociedade. Foi uma atividade na qual estive envolvido ao longo do último ano e meio. A princípio focamos nos espaços de participação do governo Lula (Conselhos, acompanhamento do orçamento, conferências de políticas públicas) e depois abordamos conflitos sociais.
O relatório final foi distribuído em CD-ROM e é bastante crítico ao governo e foi destacado com tal pela imprensa, principalmente por Merval Pereira que dedicou duas de suas colunas no Globo para tratar do que analisou como o distanciamento dos movimentos sociais do governo Lula. Em termos. A equipe do projeto, incluindo eu, estamos muito decepcionados com o presidente, mas esta não é de modo nenhum a opinião majoritária no campo da sociedade civil, onde a maioria apoiará Lula, apesar dos pesares.
O seminário foi muito bom, contando com a participação de políticos como Carlos Lessa, Plínio de Arruda Sampaio, Luíza Erundina, Jandira Feghali e Saturnino Braga. O clima predominante era de perplexidade, "e agora, o que fazemos?". A pergunta é difícil e acho que a resposta ainda irá demorar. Temos um longo ano eleitoral pela frente.
Quanto a mim, acredito que o que está acontecendo de mais interessante na política brasileira se dá a nível local, como grupos culturais ou pré-vestibulares comunitários. Tenho visto excelentes mobilizações nesse sentido, a questão é como articulá-las às instituições representativas nacionais, como os partidos e os sindicatos, ambos bastantes desgastados. O caminho é longo e é feito ao caminhar.
O relatório final foi distribuído em CD-ROM e é bastante crítico ao governo e foi destacado com tal pela imprensa, principalmente por Merval Pereira que dedicou duas de suas colunas no Globo para tratar do que analisou como o distanciamento dos movimentos sociais do governo Lula. Em termos. A equipe do projeto, incluindo eu, estamos muito decepcionados com o presidente, mas esta não é de modo nenhum a opinião majoritária no campo da sociedade civil, onde a maioria apoiará Lula, apesar dos pesares.
O seminário foi muito bom, contando com a participação de políticos como Carlos Lessa, Plínio de Arruda Sampaio, Luíza Erundina, Jandira Feghali e Saturnino Braga. O clima predominante era de perplexidade, "e agora, o que fazemos?". A pergunta é difícil e acho que a resposta ainda irá demorar. Temos um longo ano eleitoral pela frente.
Quanto a mim, acredito que o que está acontecendo de mais interessante na política brasileira se dá a nível local, como grupos culturais ou pré-vestibulares comunitários. Tenho visto excelentes mobilizações nesse sentido, a questão é como articulá-las às instituições representativas nacionais, como os partidos e os sindicatos, ambos bastantes desgastados. O caminho é longo e é feito ao caminhar.
postado por Maurício Santoro as 9:05 AM
3 Comentarios:
Muito legal o projeto, mestre. Quanto a incluir Londres em seu roteiro, quem sabe em março, quando nosso excelentíssimo presidente virá a Albion e ficará hospedado na casa da Rainha? 2006 vai ser o ano das visitas, já tem duas marcadas. :)
PS: Adoro seus mini-polls. ;)
Maurício:
Para o povo que nunca teve nada, qualquer coisa que tenha sido feita, já é algo, penso ser por isso que o Lula ainda conta com o apoio da sociedade civil. Apesar de crer que o nosso Presidente não concorrerá à reeleição, e digo mais, não vai ser tanto pelo desgaste político , e sim pelo físico. Uma notícia boba passou despercebida esta semana, o objetivo era divulgar o quanto Lula estava gastando na farmacinha do Palácio, mais de 40 mil reais, mas o que não destacaram e causa curiosidade, foi a quantidade de ampolas de insulina. Caso o Lula, com a idade dele, esteja diabético, não terá muita saúde para enfrentar um novo mandato, ainda mais sem apoio do Congresso, novamente.
Resta saber quem será o candidato do Governo. No Valor Econômico estão cogitando que o plano B de Lula seria ou o Ciro ou o Tarso.
Esperar e ver.
Abraço.
Oi, Nica.
O projeto foi um dos melhores em que trabalhei no Ibase e está tendo boa repercussão: Globo, Folha de S. Paulo. Falei há pouco com a equipe do Ricardo Boechat, eles também querem divulgar os resultados.
Eu adoraria visitar Londres, a questão é que os projetos em que trabalho estão todos voltados para América do Sul e África. Mas é claro que sempre pode rolar uma surpresa e aí eu apareceria aí pela ilha da rainha.
Salve, Regina.
De fato eu não tinha lido sobre os problemas de saúdes do presidente, mas creio que ele ainda é novo o suficiente para segurar o tranco.
Com a mistura do bolsa-família para os mais pobres e a política econômica para o setor financeiro, vai ser um candidato forte à reeleição, ainda que um tanto fragilizado pelas denúncias de corrupção.
Bjs
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