Jean: os intelectuais no paredão
Ontem Jean, o professor universitário de literatura, derrotou a rival Juliana no primeiro paredão do BB5. Jean se queixou de que foi para a berlinda por ser gay. Acho que isso influiu, mas o fator decisivo foi sua condição de intelectual - o pioneiro no Big Brother e nos reality shows, a menos que se considere Supla nessa categoria (em comparação a pensadores do quilate de Alexandre Frota ou do Cigano Igor, é uma avaliação justa).
Jean caiu no o paredão devido aos votos combinados do grupo dos pit-boys da casa. Como em toda a edição do programa há sempre uma meia dúzia que faz esse gênero, é natural que eles andem em bando. Observá-los é muito interessante e faz pensar naqueles documentários sobre vida selvagem do Discovery Channel, ou talvez na seqüência inicial de "2001 - uma odisséia no espaço", só que sem o lampejo de inteligência de inventar a tecnologia a partir de ossos. Enfim, é sabido que nós humanos compartilhamos 98% dos genes com os chimpanzés e a julgar pelo que vejo no BBB, nossos primos símios ficaram com a melhor parte dos 2% restantes.
Certamente pelo instinto de manada, os pit-boys entenderam que vigora a lei da selva: é preciso mandar para o paredão os rivais mais perigosos. E Jean se destacou. Liderou o grupo em diversas ocasiões, em especial nas operações com dinheiro (ser o único que sabe calcular porcentagens deve ter ajudado). Além de momentos antológicos, como o que comentou a redação de sua tese de mestrado ou conversou sobre a revolução cubana com Bial.
Sua rival no paredão foi uma adolescente do interior da Bahia, que faz o gênero "mamãe, veja como sou clubber" e parece uma versão desbotada da Katie Holmes em "Pieces of April". Para quem, como eu, passa pelo circuito Escola de Comunicação-Espaço Unibanco de Cinema-Centro Cultural Banco do Brasil, é tão banal que chega a doer. Para a massa dos espectadores do programa, imagino que seja exótica como um gótico de novela da Glória Perez.
Jean a venceu por uma porcentagem muito pequena dos votos, 0,5%. Acredito que ele foi para o paredão pela ameaça que seus dotes intelectuais representavam à manada dos pit-boys, mas que foi salvo pela campanha que os grupos gays promoveram a seu favor. O rapaz pareceu muito chocado e abalado com a experiência. Para ficar no meu campo da teoria política, ele acreditava no mundo de Rousseau ("O Big Brother nasce bom, é a sociedade que o corrompe") e agora descobriu que vive na selva de Hobbes ("Quando os recursos são escassos, o Big Brother se torna o lobo do próprio Big Brother"). E os recursos sempre são escassos. Sempre.
Jean caiu no o paredão devido aos votos combinados do grupo dos pit-boys da casa. Como em toda a edição do programa há sempre uma meia dúzia que faz esse gênero, é natural que eles andem em bando. Observá-los é muito interessante e faz pensar naqueles documentários sobre vida selvagem do Discovery Channel, ou talvez na seqüência inicial de "2001 - uma odisséia no espaço", só que sem o lampejo de inteligência de inventar a tecnologia a partir de ossos. Enfim, é sabido que nós humanos compartilhamos 98% dos genes com os chimpanzés e a julgar pelo que vejo no BBB, nossos primos símios ficaram com a melhor parte dos 2% restantes.
Certamente pelo instinto de manada, os pit-boys entenderam que vigora a lei da selva: é preciso mandar para o paredão os rivais mais perigosos. E Jean se destacou. Liderou o grupo em diversas ocasiões, em especial nas operações com dinheiro (ser o único que sabe calcular porcentagens deve ter ajudado). Além de momentos antológicos, como o que comentou a redação de sua tese de mestrado ou conversou sobre a revolução cubana com Bial.
Sua rival no paredão foi uma adolescente do interior da Bahia, que faz o gênero "mamãe, veja como sou clubber" e parece uma versão desbotada da Katie Holmes em "Pieces of April". Para quem, como eu, passa pelo circuito Escola de Comunicação-Espaço Unibanco de Cinema-Centro Cultural Banco do Brasil, é tão banal que chega a doer. Para a massa dos espectadores do programa, imagino que seja exótica como um gótico de novela da Glória Perez.
Jean a venceu por uma porcentagem muito pequena dos votos, 0,5%. Acredito que ele foi para o paredão pela ameaça que seus dotes intelectuais representavam à manada dos pit-boys, mas que foi salvo pela campanha que os grupos gays promoveram a seu favor. O rapaz pareceu muito chocado e abalado com a experiência. Para ficar no meu campo da teoria política, ele acreditava no mundo de Rousseau ("O Big Brother nasce bom, é a sociedade que o corrompe") e agora descobriu que vive na selva de Hobbes ("Quando os recursos são escassos, o Big Brother se torna o lobo do próprio Big Brother"). E os recursos sempre são escassos. Sempre.
3 Comentarios:
Sempre escassos, companheiro.
Pobre Jean.
Acho que vou acompanhar o Big Brother por aqui. Acho que vai ser mais divertido.
Prezados,
o movimento gay coloca 1 milhão de pessoas nas ruas. Acho que isso significa alguma coisa. Mas daí a ganhar o Big Brother... mesmo minha sociologia de botequim pede dados empíricos (qual o perfil dos eleitores?) para estimar resultados. Se bem que em geral o público escolhe o mais coitadinho, o que aponta para um candidato como o padeiro Marcos, visto que dona Marielza tem a simpatia de uma tsunami. O japonês andrógino Sammy (era o nome do pequinês da minha tia-avó) pode se considerar com sorte se descolar uns frilas na MTV, ou quem sabe virar extra no harém persa da nova versão de Alexandre.
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