Espiões e Bons Filmes
No sábado fui tomar um café com alguns alunos, que acabaram de ser aprovados no concurso para a Agência Brasileira de Inteligência (meu irmão não conseguiu). Conversamos sobre suas expectativas, as preocupações relativas à ida para Brasília e também sobre o lado inusitado. O Correio Braziliense tem um fórum para concursos, que inclui a Abin, e os candidatos aprovados entram em discussões surreais sobre a carreira de espião. Meu favorito é um sujeito de Viçosa que se assina como Jack Bauer (da série 24h). Nossos arapongas são muito mais criativos que os outros.
Tive um bom número de alunos aprovados para a Abin. A matéria do concurso é semelhante a do Itamaraty, só que com um grau de exigência menor. Quer dizer, quem se prepara com seriedade para ser diplomata passa sem grandes dificuldades. A piada entre os professores é que a qualquer momento a agência vai bater lá no curso, querendo saber o que está por trás desse celeiro de espiões. Agüento durante uns 15 minutos (menos, se ameaçarem mexer na minha biblioteca), depois invento uma história qualquer.
Aproveito o feriadão para curtir bom cinema. Assisti a mais um ótimo filme argentino, "O Abraço Partido". É a história de um rapaz obcecado com o pai, que abandonou a família para se alistar no exército israelense. Poderia ser um dramalhão, mas é uma comédia leve e com um tipo de sensibilidade que lembra o trabalho dos mestres italianos, como Ettore Scola ou Mario Monicelli. Sem dúvida, muito se deve ao ambiente: uma galeria de pequenos comerciantes em Buenos Aires, que mistura judeus, italianos, coreanos, enfim, uma grande rua da Alfândega. Roteiro primoroso, excelentes atores, humor sarcástico. O filme recebeu vários prêmios, inclusive no festival de Berlim, e aposto nele como forte candidato ao Oscar.
Também conferi o documentário "Língua - vidas em português", no qual aliás trabalhou uma aluna minha. Reforça minha impressão de que o melhor cinema que se faz hoje no Brasil é justamente na área de não-ficção. Temos neste filme um belíssimo passeio pelo mundo da lusofonia - Goa, Moçambique, Portugal e, claro, Brasil, incluindo os emigrantes no Japão. Há entrevistas com famosos (Saramago, Mia Couto, Martinho da Vila, João Ubaldo, Madredeus) e anônimos, que em geral são bem mais interessantes. Senti falta apenas de presença mais forte dos angolanos, em particular de José Eduardo Agualusa, que para mim é hoje o grande escritor da língua portuguesa.
Tive um bom número de alunos aprovados para a Abin. A matéria do concurso é semelhante a do Itamaraty, só que com um grau de exigência menor. Quer dizer, quem se prepara com seriedade para ser diplomata passa sem grandes dificuldades. A piada entre os professores é que a qualquer momento a agência vai bater lá no curso, querendo saber o que está por trás desse celeiro de espiões. Agüento durante uns 15 minutos (menos, se ameaçarem mexer na minha biblioteca), depois invento uma história qualquer.
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6 Comentarios:
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