Mestres e Discípulos
Publiquei um artigo sobre o movimento indígena no Observatório Político Sul-Americano do Iuperj, coordenado pela Maria Regina Soares de Lima, uma das minhas grandes mentoras. Se não fosse por ela, talvez eu não me dedicasse às Relações Internacionais. Tudo começou com um ótimo curso sobre política externa dos EUA, seguido de um convite para que eu me tornasse seu assistente de pesquisa.
Cada conversa que tenho com ela é um aprendizado. O papo mais recente foi semana passada, pouco antes de uma aula sobre instituições internacionais. Ela sugeriu que eu me candidate a uma bolsa de pesquisa da Fundação Ford sobre as relações entre Brasil, Índia e África do Sul. Daqui a pouco almoçarei com uma amiga para discutir a possibilidade de prepararmos um projeto.
Nestes dias fiquei sabendo que outro de meus mentores, Wanderley Guilherme dos Santos, pode virar consultor do Ibase. Ele me apresentou aos clássicos da filosofia política, agora está aposentado do Iuperj, mas ocasionalmente nos esbarramos por aí. A última vez foi há quase um ano, no aeroporto de Brasília. Eu vinha do Senado, onde tinha ido apresentar uma pesquisa, e ele do Itamaraty, onde dera uma palestra. Me estimulou no trabalho, mas frisou que eu deveria prosseguir no doutorado.
A relação entre professores e alunos pode assumir formas patológicas, mas uma das melhores coisas que vivencio na academia é o carinho e o calor humano dos meus mestres. Talvez seja um traço medieval da universidade, que sobreviveu neste mundo moderno, marcado pela pressa e onde ninguém tem tempo para ensinar e interesse em servir de exemplo.
Para fechar, ontem eu discutia sobre o Mercosul com um colega do doutorado, bem mais velho, que me contou uma história fantástica sobre a União Européia: “Em 1965 eu trabalhava no setor siderúrgico e fomos enviados à Europa para conhecer a experiência da Comunidade do Carvão e do Aço. Um dia nos reunimos com o prefeito de Strasbourg e perguntei a ele qual a importância política da integração européia.”
“Ele me disse: ´Na semana que vem meu filho mais velho faz 21 anos. É o primeiro homem em seis gerações da minha família a não ter lutado numa guerra.´”. Ficamos em silêncio por um instante e quando elogiei a história, ele respondeu “Não é nada, apenas uma anedota de velho.”
Cada conversa que tenho com ela é um aprendizado. O papo mais recente foi semana passada, pouco antes de uma aula sobre instituições internacionais. Ela sugeriu que eu me candidate a uma bolsa de pesquisa da Fundação Ford sobre as relações entre Brasil, Índia e África do Sul. Daqui a pouco almoçarei com uma amiga para discutir a possibilidade de prepararmos um projeto.
Nestes dias fiquei sabendo que outro de meus mentores, Wanderley Guilherme dos Santos, pode virar consultor do Ibase. Ele me apresentou aos clássicos da filosofia política, agora está aposentado do Iuperj, mas ocasionalmente nos esbarramos por aí. A última vez foi há quase um ano, no aeroporto de Brasília. Eu vinha do Senado, onde tinha ido apresentar uma pesquisa, e ele do Itamaraty, onde dera uma palestra. Me estimulou no trabalho, mas frisou que eu deveria prosseguir no doutorado.
A relação entre professores e alunos pode assumir formas patológicas, mas uma das melhores coisas que vivencio na academia é o carinho e o calor humano dos meus mestres. Talvez seja um traço medieval da universidade, que sobreviveu neste mundo moderno, marcado pela pressa e onde ninguém tem tempo para ensinar e interesse em servir de exemplo.
Para fechar, ontem eu discutia sobre o Mercosul com um colega do doutorado, bem mais velho, que me contou uma história fantástica sobre a União Européia: “Em 1965 eu trabalhava no setor siderúrgico e fomos enviados à Europa para conhecer a experiência da Comunidade do Carvão e do Aço. Um dia nos reunimos com o prefeito de Strasbourg e perguntei a ele qual a importância política da integração européia.”
“Ele me disse: ´Na semana que vem meu filho mais velho faz 21 anos. É o primeiro homem em seis gerações da minha família a não ter lutado numa guerra.´”. Ficamos em silêncio por um instante e quando elogiei a história, ele respondeu “Não é nada, apenas uma anedota de velho.”
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