O Vício da África
Minha leitura da semana foi o magnífico livro do embaixador Alberto da Costa e Silva , “Um Rio Chamado Atlântico”. Reúne textos sobre as relações entre o Brasil e a África, publicados em jornais, revistas, e obras acadêmicas de 1961 até os dias atuais. A erudição de Costa e Silva é impressionante, ainda mais porque é apresentada numa belíssima prosa, elegante e clara.
A maioria dos ensaios do livro trata de temas do século XVIII e XIX, como a ascensão e queda do tráfico de escravos e a ida de libertos brasileiros para a África, onde muitas vezes se tornaram ricos e influentes. Há um debate entre Costa e Silva e o historiador João José Reis, sobre a natureza da revolta dos Malês, na Bahia, em 1835: teria sido uma jihad? O embaixador defende que sim, relacionando a rebelião dos escravos às lutas religiosas que se travavam na África na ocasião.
O livro traz poucos textos sobre a época contemporânea, infelizmente. Mas aqui e ali aparecem algumas lembranças da vida diplomática de Costa e Silva, como suas observações sobre os costumes africanos e sua relação com o Brasil. Por exemplo, uma discussão que teve com João Cabral de Mello Neto, se o frevo seria pernambucano ou se teria origem nas danças dos cortejos reais da África Ocidental.
Chama a atenção a quantidade de escritores que tentam pensar a história do Brasil num contexto mais amplo, envolvendo o Atlântico Sul e o império colonial português. Nessa linha temos as belas obras de Costa e Silva, Luís Felipe Alencastro, Charles Boxer e mesmo romances como “Nação Crioula”, do angolano José Eduardo Agualusa. O saudável vício da África.
A maioria dos ensaios do livro trata de temas do século XVIII e XIX, como a ascensão e queda do tráfico de escravos e a ida de libertos brasileiros para a África, onde muitas vezes se tornaram ricos e influentes. Há um debate entre Costa e Silva e o historiador João José Reis, sobre a natureza da revolta dos Malês, na Bahia, em 1835: teria sido uma jihad? O embaixador defende que sim, relacionando a rebelião dos escravos às lutas religiosas que se travavam na África na ocasião.
O livro traz poucos textos sobre a época contemporânea, infelizmente. Mas aqui e ali aparecem algumas lembranças da vida diplomática de Costa e Silva, como suas observações sobre os costumes africanos e sua relação com o Brasil. Por exemplo, uma discussão que teve com João Cabral de Mello Neto, se o frevo seria pernambucano ou se teria origem nas danças dos cortejos reais da África Ocidental.
Chama a atenção a quantidade de escritores que tentam pensar a história do Brasil num contexto mais amplo, envolvendo o Atlântico Sul e o império colonial português. Nessa linha temos as belas obras de Costa e Silva, Luís Felipe Alencastro, Charles Boxer e mesmo romances como “Nação Crioula”, do angolano José Eduardo Agualusa. O saudável vício da África.
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