Um Sete de Setembro Fora da Patria
Ha dois meses, os Americanos comemoraram sua data nacional. Uma grande queima de fogos marcou o fim da festa a noite, ironicamente celebrada no estadio de futebol americano da Universidade. Claro que nao fui -- por questoes tecnicas (tinha muito trabalho a fazer) e por questoes morais (nao tinha nada o que fazer lah e patriotismo em tempos de guerra cheira a fascismo para mim).
Por questoes familiares e afetivas, costumava sempre comparecer a comemoracao mexicana do dia de independencia, celebrada na noite do dia 15 de setembro em todos os consulados mexicanos no mundo e na Praca Central da Cidade do Mexico (El Zocalo). Lah ia eu com meu pai, aproveitar a boca-livre do pais-irmao (meu pai dizia que pagou impostos tempo suficiente no Mexico para poder comer canapes).
Engracado era que nunca tive esse entusiasmo pela festa de independencia brasileira. Durante toda a minha infancia e adolescencia, "ir a festa" significava ir ver a parada militar, coisa que, apesar da historia familiar "militar", nunca tive vontade de fazer e nunca me forcaram. Ficar dormindo era a opcao e estrategia ideal, se possivel ateh bem tarde.
Morar fora gera sentimentos estranhos na gente. Penso no meu pais constantemente, mas nao de maneira ufanista, xenofobica. Tenho um carinho especial pela terra, pelas pessoas, pela vida. Morar fora obriga a pensar no que me faz ser brasileiro e eu gosto de pensar que eh porque eu compartilho algo tao interessante e unico para o mundo que eu soh poderia ser brasileiro. Se fosse estrangeiro, me tornaria brasileiro por escolha. E toda vez que desanimo ou penso nas tragedias alheias ou nos modelos dos outros, me vem a cabeca o distico do Barao do Rio Branco: "Ubique Patriae Memor".
Sempre com a patria na memoria.
Por questoes familiares e afetivas, costumava sempre comparecer a comemoracao mexicana do dia de independencia, celebrada na noite do dia 15 de setembro em todos os consulados mexicanos no mundo e na Praca Central da Cidade do Mexico (El Zocalo). Lah ia eu com meu pai, aproveitar a boca-livre do pais-irmao (meu pai dizia que pagou impostos tempo suficiente no Mexico para poder comer canapes).
Engracado era que nunca tive esse entusiasmo pela festa de independencia brasileira. Durante toda a minha infancia e adolescencia, "ir a festa" significava ir ver a parada militar, coisa que, apesar da historia familiar "militar", nunca tive vontade de fazer e nunca me forcaram. Ficar dormindo era a opcao e estrategia ideal, se possivel ateh bem tarde.
Morar fora gera sentimentos estranhos na gente. Penso no meu pais constantemente, mas nao de maneira ufanista, xenofobica. Tenho um carinho especial pela terra, pelas pessoas, pela vida. Morar fora obriga a pensar no que me faz ser brasileiro e eu gosto de pensar que eh porque eu compartilho algo tao interessante e unico para o mundo que eu soh poderia ser brasileiro. Se fosse estrangeiro, me tornaria brasileiro por escolha. E toda vez que desanimo ou penso nas tragedias alheias ou nos modelos dos outros, me vem a cabeca o distico do Barao do Rio Branco: "Ubique Patriae Memor".
Sempre com a patria na memoria.
2 Comentarios:
Belo Post Bruno. parece que os brasileiros aprenderam duas coisas importantes nos últimos anos: a) desconfiar fortemente de celebrações vultuosas sem relações condizentes com a realidade social do país e b) uma positiva e inovadora construção do "ser" brasileiro. Algo ligado a uma característica sui generis que faz do brasileiro um "quase cidadão do mundo" na maioria das vezes admirado.
Abraços,
Helvécio
digitei "vultuosa"...rs...isso quer dizer que as festas dão congestões na face...rs...Vultosa, retificando!
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