Um cachorro e um bom livro
Ontem quando eu saía de casa para o trabalho, um cachorro começou a brincar comigo. Estava com a pata ferida, sangrando e parecia perdido, embora se visse que era bem-cuidado. Desci para o ponto de ônibus e ele me seguiu. Meu pai acabou chamando-o e resolveu cuidar dele. Resultado: temos agora um animal de estimação, batizado de Lorde porque é muito educado e nunca late.
É impressionante o quanto suas expressões são humanas. A cara que ele faz pedindo carinho, ou tentando nos convencer a abrir a porta (não antes de sábado, quando ele deve ser vacinado). Até o jeito que posa para fotos. Fazia anos que eu não tinha um cachorro, vai ser bom.
A leitura da semana é “Behemot ou o longo parlamento”, de Thomas Hobbes, no qual esse extraordinário pensador político trata da guerra civil inglesa do século XVII. É um diálogo entre um jovem e um homem mais velho, que viveu aqueles acontecimentos. Sendo Hobbes o teórico do absolutismo, a narrativa defende o rei contra os ataques do parlamento.
O livro tem percepções brilhantes sobre as disputas políticas e é uma crítica feroz ao clero – qualquer clero. Mestre Hobbes vê a vida em sociedade como uma tragédia que oscila entre dois monstros bíblicos: o poder do Estado (Leviatã) e a anarquia da guerra civil (Behemot).
Voltanto à conexão saudita com o presidente dos EUA, vale ler a resenha de “House of Bush, House of Saud”, de Craig Unger. Parece excelente, mostrando como a Arábia Saudita se tornou o grande aliado americano nos anos 70, e as implicações disto para a própria política doméstica do Império.
É impressionante o quanto suas expressões são humanas. A cara que ele faz pedindo carinho, ou tentando nos convencer a abrir a porta (não antes de sábado, quando ele deve ser vacinado). Até o jeito que posa para fotos. Fazia anos que eu não tinha um cachorro, vai ser bom.
A leitura da semana é “Behemot ou o longo parlamento”, de Thomas Hobbes, no qual esse extraordinário pensador político trata da guerra civil inglesa do século XVII. É um diálogo entre um jovem e um homem mais velho, que viveu aqueles acontecimentos. Sendo Hobbes o teórico do absolutismo, a narrativa defende o rei contra os ataques do parlamento.
O livro tem percepções brilhantes sobre as disputas políticas e é uma crítica feroz ao clero – qualquer clero. Mestre Hobbes vê a vida em sociedade como uma tragédia que oscila entre dois monstros bíblicos: o poder do Estado (Leviatã) e a anarquia da guerra civil (Behemot).
Voltanto à conexão saudita com o presidente dos EUA, vale ler a resenha de “House of Bush, House of Saud”, de Craig Unger. Parece excelente, mostrando como a Arábia Saudita se tornou o grande aliado americano nos anos 70, e as implicações disto para a própria política doméstica do Império.
4 Comentarios:
Fala sério, Mestre Santoro. Com um post desses, não comentarei Hobbes. Parabéns pelo cachorrinho. Digo e repito: se Puzzo tivesse recebido informações sobre o recluso clã de Santa Tereza, a obra sobre os Borgia seria rebatizada...
Um abraço!
Fasa
Que Hobbes que nada! Essa novidade é ótima Maurício, não que Hobbes valha menos, quero apenas dizer que um cachorro é um grande companheiro, é só carinho e amizade. Lembro-me que quando estive em sua casa há um ano atrás realmente não havia uma presença canina. Eu tenho dois: Beethoven (Dush hound) e Chopin (vira-lata)sei que onde quer que estejam os dois gênios da música clássica devem estar contentes com minha homenagem.
Abraços,
Helvécio
Hobbes? Que Hobbes é esse? Vale mais o Lorde. Cara, parabéns. Um amigo certa vez me falou que o cão não é "seu", ele é mais um amigo. Vale o companherismo, lealdade, carinho e tudo mais.
Mas, parando para pensar. Será que Santino teria adotado um cãozinho de rua? Don Vito, com certeza. ;)
Caros,
eu e o Lorde agradecemos (pensei em chamá-lo de Behemot...). Amanhã ele ganha um check-up no veterinário. A propósito, continua sem latir...
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