Perdeu a eleição e foi ao cinema
O que você faria se fosse um dos principais deputados do partido governista no Rio de Janeiro, no dia da eleição em que seu grupo político sofreu uma derrota histórica, retrocedendo para um número de votos que havia superado há dez anos?
Bem, encontrei um dos próceres do PT fluminense (ou do que sobrou dele) no Odeon, por volta das 18h. Vagava pelo café do cinema, com ar de perdido. Talvez estivesse ali só de passagem, ou para encontrar alguém, mas essa cena meio surreal ficou para mim com um marco do péssimo desempenho do PT nas eleições municipais do Rio.
Não acredito que se trate do fato da oposição ter vindo pulverizada em várias candidaturas, porque o mesmo ocorreu com a direita, dividida em três blocos (César, Crivella, Conde) e todos eles com número de votos superiores ao da esquerda (Jandira, Bittar, Nilo).
Se no Brasil, de modo geral, a disputa foi entre o PT e o PSDB, no Rio os dois partidos saíram muito enfraquecidos, os tucanos sequer tiveram candidato próprio, e os primeiros colocados foram políticos clientelistas tradicionais, com as máquinas da prefeitura, da igreja universal e do governo estadual.
O nível do debate eleitoral foi, claro, muito baixo. Parecia disputa para escolher síndico, quem vai fazer mais obras, reformar a piscina ou pintar a garagem. Pouca ou nenhuma discussão sobre a política municipal, a questão da reforma urbana (assunto quente no plano federal), do modelo de cidade que queremos etc. Com tão pouca coisa em jogo, apatia é uma atitude racional.
Bem, encontrei um dos próceres do PT fluminense (ou do que sobrou dele) no Odeon, por volta das 18h. Vagava pelo café do cinema, com ar de perdido. Talvez estivesse ali só de passagem, ou para encontrar alguém, mas essa cena meio surreal ficou para mim com um marco do péssimo desempenho do PT nas eleições municipais do Rio.
Não acredito que se trate do fato da oposição ter vindo pulverizada em várias candidaturas, porque o mesmo ocorreu com a direita, dividida em três blocos (César, Crivella, Conde) e todos eles com número de votos superiores ao da esquerda (Jandira, Bittar, Nilo).
Se no Brasil, de modo geral, a disputa foi entre o PT e o PSDB, no Rio os dois partidos saíram muito enfraquecidos, os tucanos sequer tiveram candidato próprio, e os primeiros colocados foram políticos clientelistas tradicionais, com as máquinas da prefeitura, da igreja universal e do governo estadual.
O nível do debate eleitoral foi, claro, muito baixo. Parecia disputa para escolher síndico, quem vai fazer mais obras, reformar a piscina ou pintar a garagem. Pouca ou nenhuma discussão sobre a política municipal, a questão da reforma urbana (assunto quente no plano federal), do modelo de cidade que queremos etc. Com tão pouca coisa em jogo, apatia é uma atitude racional.
3 Comentarios:
Grande Maurício. O que venceu no Rio foi o medo do Bispo Crivella, não foi o César Maia. Em outro ponto, a derrota do PT é de pura responsabilidade do partido que colocou seu partidário menos carismático como candidato. Bittar nunca atraiu votos.
Agora, não compreendo a implicância com os Síndicos. :)
Agora fala, quem é esse prócer* do PT fluminense perdido no Odeon BR?
* Segundo o Aurélio:
Prócer
[Do lat. procere.]
S. m.
1. Homem importante em uma nação, classe, partido, etc.
Bruno, o prócer em questão foi o deputado Chico Alencar. Leandro, nada contra os síndicos, contato que cuidem bem de seus edifícios (ou blogs)!
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