Conexões Indianas
As últimas semanas têm sido bem puxadas no trabalho e esta não foi exceção. Passei metade do tempo num treinamento de informática (estamos migrando para software livre) e o resto fechando relatórios e avaliações de projetos, agora que o ano se aproxima do fim. Hoje o dia foi mais interessante, porque o Ibase me pediu para recepcionar e servir de intérprete para um indiano chamado Jagadananda, que dirige uma ONG bastante ativa na área de segurança alimentar, e estava no Rio com a esposa, ambos de passagem para uma reunião no Uruguai.
Mostrei-lhe o Ibase, falei a respeito dos projetos que tocamos por aqui e, claro, respondi a pergunta que não pode faltar - “Como está o governo Lula?”. O motivo principal da visita dele foi uma conversa com o nosso diretor de programas (licenciado), que agora preside o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA), um órgão que reúne membros do governo e da sociedade civil, e que aconselha o presidente nas políticas públicas desse tema.
A fome também é um problema bastante sério na Índia, houve morticínios terríveis durante a época colonial. Mas até por isso, a área de segurança alimentar se tornou uma das prioridades para os governos desde a Independência. Jagadananda queria saber como o tema se desenvolveu no Brasil, desde a campanha contra a fome do Betinho (o fundador do Ibase) até os atuais programas do governo Lula.
A conversa entre ele e nosso diretor foi interessantíssima, um apanhado do que a sociedade civil brasileira aprendeu sobre o tema nos últimos dez anos, os erros e acertos do governo, os desafios que se colocam etc. Os brasileiros vamos enviar material a respeito para os indianos, que irão nos retribuir com pesquisas que fizeram na mesma área. Descobrimos que temos muito a aprender uns com os outros.
Na saída, Jagadananda e a esposa queriam comer alguma coisa e para não deixá-los a sós numa cidade perigosa, fui com eles. Ele me perguntou sobre o que eu havia estudado na universidade, que tipo de carreira pretendia seguir, essas coisas. Reforçando o que senti na África do Sul, me fica uma excelente impressão dos ativistas sociais indianos, homens e mulheres: inteligentes, articulados, com um incrível compromisso ético com suas atividades. Eles têm também um tipo de gentileza, de boas maneiras, que é cativante e contrasta com o jeito algo rude de muitos militantes brasileiros. Minha aposta é que a Índia será (se já não é) uma das grandes nações deste século XXI.
Mostrei-lhe o Ibase, falei a respeito dos projetos que tocamos por aqui e, claro, respondi a pergunta que não pode faltar - “Como está o governo Lula?”. O motivo principal da visita dele foi uma conversa com o nosso diretor de programas (licenciado), que agora preside o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA), um órgão que reúne membros do governo e da sociedade civil, e que aconselha o presidente nas políticas públicas desse tema.
A fome também é um problema bastante sério na Índia, houve morticínios terríveis durante a época colonial. Mas até por isso, a área de segurança alimentar se tornou uma das prioridades para os governos desde a Independência. Jagadananda queria saber como o tema se desenvolveu no Brasil, desde a campanha contra a fome do Betinho (o fundador do Ibase) até os atuais programas do governo Lula.
A conversa entre ele e nosso diretor foi interessantíssima, um apanhado do que a sociedade civil brasileira aprendeu sobre o tema nos últimos dez anos, os erros e acertos do governo, os desafios que se colocam etc. Os brasileiros vamos enviar material a respeito para os indianos, que irão nos retribuir com pesquisas que fizeram na mesma área. Descobrimos que temos muito a aprender uns com os outros.
Na saída, Jagadananda e a esposa queriam comer alguma coisa e para não deixá-los a sós numa cidade perigosa, fui com eles. Ele me perguntou sobre o que eu havia estudado na universidade, que tipo de carreira pretendia seguir, essas coisas. Reforçando o que senti na África do Sul, me fica uma excelente impressão dos ativistas sociais indianos, homens e mulheres: inteligentes, articulados, com um incrível compromisso ético com suas atividades. Eles têm também um tipo de gentileza, de boas maneiras, que é cativante e contrasta com o jeito algo rude de muitos militantes brasileiros. Minha aposta é que a Índia será (se já não é) uma das grandes nações deste século XXI.
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